Carne de boi cara: veja como substituí-la

O preço da carne bovina está nas alturas e a previsão é que continue em alta em 2020.

Vamos aproveitar positivamente esse fato e começar a evitar comer carne vermelha hoje mesmo?

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o consumo de carnes vermelhas como de boi, porco, cordeiro e bode, entre outras, se consumidas em grande quantidade, podem aumentar a chance de desenvolver câncer (o máximo indicado por semana são 500 gramas  por semana).

A carne vermelha é uma ótima fonte de proteínas, mas dá pra substitui-la de forma eficaz.⠀

Outras fontes muito boas dessa macromolécula são o frango, o ovo, mas também podem ser usadas as sardinhas e até vegetais (como grão-de-bico, feijão, lentinha, quinoa, amendoim, entre outras).⠀ 

 

Brasileiros estão consumindo menos alimentos gordurosos, diz pesquisa

Uma ótima notícia. Segundo pesquisa feita pelo Instituto Nielsen nos primeiros seis meses deste ano, o brasileiro está cada vez mais adotando hábitos saudáveis e mudando o estilo de vida em busca de mais saúde.⠀ 

Entre uma das principais atitudes adotadas pelos consumidores está a redução do consumo de alimentos gordurosos. Aproximadamente 57% da população pretende, a cada dia, reduzir o consumo dos mesmos.⠀ 

Alimentos com muito sal, açúcar, cafeína, lactose, glúten e alimentos industrializados também tiveram seu consumo reduzidos em, respectivamente, 57%, 56%, 54%, 34%, 27%, 27% e 38%.⠀  

A procura nos supermercados por alimentos com mais fibras, vitaminas e minerais aumentou, chegando a 45%. A procura por alimentos orgânicos também subiu, chegando a 35%.

Foram mais de 21 mil pessoas entrevistadas, e, dentre elas, cerca de 74,3% disseram que “ter mais saúde” é sua prioridade, sendo um objetivo da vida. Por volta de 33% delas afirmaram praticar atividades físicas de forma frequente.

Produtos que sofreram aumento no consumo

Alguns produtos que não eram muito consumidos passaram a ser mais procurados nos mercados, como os produtos orgânicos. Os dados apontam que 69% dos brasileiros estão comprando mais produtos naturais e 45,5% estão usando mais produtos orgânicos.

A Diretora de Marketing e Insights da Kantar afirma que, mesmo os brasileiros buscando uma alimentação mais saudável, o custo desses produtos ainda é alto, sendo uma barreira grande para quem deseja mudar os hábitos alimentares e precisa consumir esses produtos com frequência. Infelizmente, muitos acabam desistindo, por não terem condições de comprar produtos com preços mais elevados de forma constante.

Devido à atual mudança e a crescente de pessoas que estão adotando um novo estilo de vida alimentar, os restaurantes e bares precisam estar atentos às mudanças necessárias para atender a esse público. É preciso se adaptar ao novo estilo de consumidor e até mesmo elaborar cardápios mais específicos, facilitando assim a escolha do cliente.

Os brasileiros estão reduzindo o consumo de carne

A população brasileira tem se mostrado mais preocupada com a saúde nos últimos anos. Dessa maneira, está em busca de mudar seus hábitos e mantê-los com o objetivo de preservar a saúde, moderando o consumo de determinados alimentos, como a carne vermelha e produtos que contenham muito sódio e açúcar, por exemplo.

A pesquisa desenvolvida pela Kantar, atualmente a líder global em dados, consultoria e insights, por meio do levantamento Who Cares e Who Does, mostrou que cerca de 48,5% da população brasileira já passou a reduzir a ingestão de produtos gordurosos.

Os brasileiros também passaram a reduzir o consumo de carne vermelha. Os motivos apontados para a redução foram os impactos financeiros e os socioambientais, motivos que representam 25% da população. Outra parcela, 31,5%, disse ter reduzido o consumo por indicação médica, enquanto 16% afirmam que a mudança tem o objetivo de aumentar o bem-estar dos animais. De acordo com a mesma pesquisa, no total, 22% das pessoas reduziram o consumo de carne vermelha, enquanto 8% aumentaram-no.

(Fonte: Terra) 

Começa campanha Dezembro Amarelo: câncer de pele em foco

Começou no sábado 1/12 a campanha Dezembro Laranja. A iniciativa, realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ocorrerá no decorrer do mês e até o fim do verão, com a proposta de fortalecer a importância da utilização de medidas fotoprotetoras e do diagnóstico precoce oferecido pela rede pública de saúde para a redução do câncer da pele.⠀ 

Em sua sexta edição, o Dezembro Laranja alerta para os #sinaisdocâncerdepele para a detecção e tratamento precoces com o médico dermatologista, atitude que contribui para elevar os percentuais de cura.⠀

Dados mostram que o câncer da pele representa 30% de todos os diagnósticos da doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra a cada ano cerca de 180 mil novos casos.⠀ 

Proteja sua pele. Proteja sua vida!! 

Mamão tem tantos benefícios que você nem imagina; confira!

O mamão papaia é uma fruta saborosa e saudável, rico em fibras e nutrientes como a vitamina C e o licopeno. Ele é de tamanho menor que o mamão formosa, mas ambos têm composição e nutrientes bastante parecidos.

Os principais benefícios obtidos a partir do consumo regular de mamão papaia são:

  1. Melhorar o trânsito intestinal, por ser rico em fibras e em água;
  2. Melhorar a pele e a visão, por ser rico em vitamina A;
  3. Fortalecer o sistema imunológico, por ter boas quantidades de vitamina C;
  4. Auxiliar o funcionamento do sistema nervoso, por ter vitaminas do complexo B;
  5. Ajudar a emagrecer, por ter poucas calorias e baixo índice glicêmico;
  6. Facilitar a digestão, por conter papaína, uma enzima que ajuda a digerir as proteínas;
  7. Prevenir doenças como câncer, problemas cardíacos e Alzheimer, por ser rico em antioxidantes.

A principal diferença entre os dois a ser considerada no momento da compra deve ser apenas o tamanho, pois o mamão formosa é maior e pode acabar estragando na geladeira, caso não seja consumido em até cerca de 3 dias após aberto. No entanto, uma boa solução é congelar o mamão em pequenas porções que poderão ser utilizadas depois em sucos e vitaminas.

O mamão pode ser consumido fresco ou na forma de sucos, vitaminas e saladas de frutas, podendo inclusive ser oferecido em pequenas quantidades para bebês que apresentam prisão de ventre.

(Fonte: Tua Saúde)

 

 

Cuidado com as fake news sobre alimentos milagrosos contra o câncer

Gente, muito CUIDADO com o que vocês andam lendo por aí. Todo santo dia surge uma dieta milagrosa envolvendo alimentos e a cura do câncer.⠀

Antes de sair fazendo tudo que os ‘especialistas’ da internet indicam, vejam se há fundamentação científica por trás da informação.⠀

Algumas das FAKE NEWS mais divulgadas recentemente foram:⠀

“Carboidrato alimenta o câncer”

“A químio não vai funcionar se você comer carboidratos”

“Proteína de fonte animal faz o tumor crescer”

“Cogumelo do sol, noni, babosa, graviola (entre outros) ajudam a curar o câncer”

Lembre-se, além de averiguar a origem das informações, converse com seu nutricionista oncológico sobre sua dieta. Somente esse profissional é capaz de traçar o plano alimentar que realmente vai ajudar durante o seu tratamento contra o câncer, assim como durante todo o restante da sua vida. 

Dá para prevenir a gengivite com a ajuda da alimentação

Caprichar na higienização é o primeiro e mais importante passo para evitar a proliferação de bactérias na boca e, por consequência, afastar a gengivite, quadro caracterizado por uma inflamação nas gengivas. Mas uma linha de pesquisa recente traz fortes indícios de que nossas escolhas alimentarestambém influenciam na ocorrência do problema.

Um desses experimentos é aqui do Brasil, mais especificamente da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. O dentista Renato Casarin, professor na instituição, e sua aluna Roberta Reis — que é nutricionista — recrutaram 60 voluntários de 18 a 35 anos com diferentes graus de gengivite. Em parceria com outra nutricionista, a professora Helena Sampaio, da Universidade Estadual do Ceará, eles analisaram tudo o que foi consumido pelos participantes durante dois dias.

“Diversos trabalhos nessa linha são feitos com um alimento ou suplemento isolado. Mas não adianta tomar suco de uva e comer hambúrguer”, comenta Casarin. Com o histórico alimentar completo, por outro lado, o time de nutricionistas conseguiu definir se a dieta como um todo dos participantes tinha um perfil mais pró ou anti-inflamatório. Em paralelo, houve coleta e avaliação do fluido gengival da turma.

Gengiva em risco

Cruzando os dados, os pesquisadores notaram que um padrão alimentar pró-inflamatório (com frituras, excesso de carne vermelha, biscoitos recheados, salgadinhos e por aí vai) estava associado a alterações importantes, como redução de uma substância protetora chamada interleucina-4. Níveis baixos dela já foram associados à periodontite, por exemplo. Além disso, quem seguia essa alimentação pouco saudável exibiu tendência elevada a sangramentos gengivais.

(Fonte: revista Saúde)

Novembro Azul: licopeno ajuda a prevenir câncer de próstata

Estamos no Novembro Azul, mês de conscientização sobre a prevenção ao câncer de próstata, um dos que mais matam homens no Brasil e no mundo.⠀

E a dieta pode ajudar nessa missão de prevenção da doença. Tendo sempre em mente que a mesma deve ser balanceada e saudável, vale a pena caprichar na ingestão de alimentos ricos em licopeno.⠀

Ele faz parte da família dos carotenoides, potentes antioxidantes que dão cor a alguns alimentos e têm demonstrado a capacidade de reduzir o risco de diferentes tipos de câncer.⠀

O licopeno absorvido acumula-se preferencialmente na próstata, impedindo a angiogênese (proliferação de vasos e capilares que nutrem as células doentes) e o crescimento de células tumorais nessa região, sendo este um potencial mecanismo na prevenção do câncer.⠀

Um dos muitos estudos feitos recentemente mostrou uma redução de 40% dos riscos de câncer de próstata em homens que consomem alimentos ricos em licopeno por pelo menos cinco vezes por semana, em relação àqueles que consomem uma vez por semana ou menos.⠀

ONDE ENCONTRAR LICOPENO: Além do tomate e seus derivados (suco, sopa, molho etc.), a goiaba vermelha, a melancia, o pimentão, o mamão e a beterraba são outras importantes fontes de licopeno presentes na nossa dieta. Se forem orgânicos, melhor ainda.

Dra. Socorro Coêlho participa de congresso nacional de nutrição parenteral e enteral

A nutricionista da Onconutri, Dra. Socorro Coêlho, está em Foz do Iguaçu, onde participa, até o próximo dia 23, do XVIII Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral 2019. O evento tem como objetivo atualizar os participantes em todas as áreas de interesse, desde a nutrição clínica e hospitalar até à qualidade de vida, passando por funcionalidade, atividade física e estratégias de alimentação mais adequadas para cada indivíduo. Polêmicas envolvendo todos estes temas estão sendo estimuladas para que os participantes possam aprender com o debate em torno de assuntos controversos, mas tudo baseado nas mais recentes evidências científicas.

Dietas: como garantir que você está consumindo as calorias certas

“Calorias de qualidade”.

Esse é o conceito defendido pela Fundação Britânica de Nutrição (BNF, na sigla em inglês), com o objetivo de fazer com que as pessoas prestem atenção ao tipo de alimento que consomem e a seu valor nutricional, a fim de escolher as melhores calorias em vez de apenas contabilizá-las.

A ideia, defende a BNF, é de que a qualidade da alimentação “é mais do que apenas números” das calorias ingeridas: é garantir que tenhamos uma boa quantidade de vitaminas, minerais, proteínas, gorduras boas e fibras na dieta.

“Alimentos com conteúdo calórico similar podem ser diferentes em termos dos nutrientes que provêm”, diz a organização. “Por exemplo, versões integrais de pães, macarrão e arroz têm mais fibra do que suas versões refinadas. De modo similar, carnes processadas têm mais sal do que carnes magras não processadas, mesmo que tenham quantidade parecida de calorias.”

A proposta da entidade é nos levar a melhorar nossas escolhas alimentares, trocando alimentos ultraprocessados que sejam pouco nutritivos (mesmo que também pouco calóricos) por alimentos de melhor qualidade.

Rótulos de alimentos vão mudar

Em fundo branco e letras pretas, um retângulo com uma lupa deve alertar na parte da frente do rótulo dos alimentos se ali há “alto teor” de açúcares adicionados, gorduras saturadas, sódio ou os três. Essa é uma das sugestões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para atualizar as normas de rotulagem dos alimentos no país. O modelo está em consulta pública e recebe sugestões da sociedade até 6 de novembro.

Duas consultas estão abertas. Uma delas (CP 707) trata da proposta de Resolução da Diretoria Colegiada (RDC), que contém uma série de novidades para ajudar os consumidores na hora da escolha de alimentos embalados. A outra (CP 708) traz o texto da Instrução Normativa (IN) com os requisitos técnicos para declaração da rotulagem nutricional nesses alimentos pelas indústrias.

A proposta da Anvisa foi elaborada pela equipe técnica da agência, após revisão de estudos e exemplos nacionais e internacionais, pesquisas com consumidores e análise das mais de 33 mil contribuições recebidas. O objetivo é ajudar o consumidor a ter informações mais claras sobre o que está presente em cada produto e, assim, escolher os mais saudáveis, evitando substâncias críticas se consumidas em excesso.

Segundo a agência, a rotulagem com o alerta gráfico da lupa e a frase de “alto teor” tem tido melhor avaliação de custo-benefício em outros países e deixa mais clara a mensagem de que ali há ingredientes apontados como fatores de risco para obesidade e doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão.

A mudança começou a ser discutida após a constatação de que o consumidor tem dificuldade de entender as informações presentes no rótulo. “Queremos falar com quem frequenta o supermercado, a quitanda, a lojinha de produtos naturais. As pessoas, independente da classe social, precisam compreender o que estão consumindo. A ideia é entregar informação para que elas tenham possibilidade de escolher o que entendem ser bom para a saúde“, afirmou Alexandra Bastos, diretora da agência reguladora.

O modelo proposto é semelhante ao defendido pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e contrário ao proposto pela indústria, que pressionava a agência a adotar o modelo dos “semáforos nutricionais”, que mesclam dados com as cores verde, amarela e vermelha.

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) acredita que a Anvisa avança com a adoção de um modelo que destaca o conteúdo excessivo de nutrientes que são prejudiciais à saúde. Contudo, para o Idec, o modelo sugerido pela Anvisa não é o mais adequado, já que ele não traz a noção de alerta de forma fácil para os consumidores. “O Instituto continua defendendo o modelo de triângulo, que, após inúmeras pesquisas, mostrou-se o mais eficiente para informar o consumidor na hora da compra em comparação a outros modelos existentes”, afirmou a entidade em nota.

Idec defende o triângulo

O modelo de triângulo é adotado no Chile desde 2016 e defendido pelo Idec por serem “facilmente compreendidos como alertas por crianças, daltônicos e até pessoas não alfabetizadas” e pelos resultados positivos alcançados na sociedade chilena, onde “as advertências nas embalagens dos alimentos ajudaram a reduzir o consumo de produtos não saudáveis”.

O Idec também argumenta que falta apresentação de comprovação científica para a escolha do modelo de lupa. “Na consulta, iremos questionar as evidências que levaram à decisão de escolha da lupa em vez dos triângulos, já que temos evidência de que esse modelo é o mais eficiente para para informar a população de forma clara e objetiva”, destaca Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec.

O Idec questionou ainda a ausência de informação sobre adoçantes nos rótulos, especialmente para os produtos destinados ao público infantil, que muitas vezes substituem o açúcar por essa substância. “Por isso, é importante que os consumidores tenham essa informação destacada”, destaca Ana.

Além disso, o Idec quer a proibição de qualquer comunicação mercadológica destinada ao público infantil em alimentos com rotulagem frontal. “Este público deve ser protegido da publicidade abusiva”, comenta a nutricionista.

Entre as outras sugestões da Anvisa está a declaração obrigatória dos açúcares “livres” e “totais” na lista de nutrientes da tabela nutricional. Muda ainda o valor de referência para calcular o percentual de valores diários dos ingredientes em cada produto, o %VD, e faz uma nova definição, mais objetiva, do que é considerado um produto de consumo individual.

Também para tornar a tabela nutricional utilizada hoje mais clara, a quantidade dos nutrientes deverá ser calculada não por porção como é hoje. O padrão será a quantidade por 100g ou 100ml. Isso vai permitir comparar diferentes marcas ou produtos.

Duas consultas estão abertas. Uma delas (CP 707) trata da proposta de Resolução da Diretoria Colegiada (RDC), que contém uma série de novidades para ajudar os consumidores na hora da escolha de alimentos embalados. A outra (CP 708) traz o texto da Instrução Normativa (IN) com os requisitos técnicos para declaração da rotulagem nutricional nesses alimentos pelas indústrias.

A proposta da Anvisa foi elaborada pela equipe técnica da agência, após revisão de estudos e exemplos nacionais e internacionais, pesquisas com consumidores e análise das mais de 33 mil contribuições recebidas. O objetivo é ajudar o consumidor a ter informações mais claras sobre o que está presente em cada produto e, assim, escolher os mais saudáveis, evitando substâncias críticas se consumidas em excesso.

Segundo a agência, a rotulagem com o alerta gráfico da lupa e a frase de “alto teor” tem tido melhor avaliação de custo-benefício em outros países e deixa mais clara a mensagem de que ali há ingredientes apontados como fatores de risco para obesidade e doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão.

A mudança começou a ser discutida após a constatação de que o consumidor tem dificuldade de entender as informações presentes no rótulo. “Queremos falar com quem frequenta o supermercado, a quitanda, a lojinha de produtos naturais. As pessoas, independente da classe social, precisam compreender o que estão consumindo. A ideia é entregar informação para que elas tenham possibilidade de escolher o que entendem ser bom para a saúde“, afirmou Alexandra Bastos, diretora da agência reguladora.

O modelo proposto é semelhante ao defendido pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e contrário ao proposto pela indústria, que pressionava a agência a adotar o modelo dos “semáforos nutricionais”, que mesclam dados com as cores verde, amarela e vermelha.

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) acredita que a Anvisa avança com a adoção de um modelo que destaca o conteúdo excessivo de nutrientes que são prejudiciais à saúde. Contudo, para o Idec, o modelo sugerido pela Anvisa não é o mais adequado, já que ele não traz a noção de alerta de forma fácil para os consumidores. “O Instituto continua defendendo o modelo de triângulo, que, após inúmeras pesquisas, mostrou-se o mais eficiente para informar o consumidor na hora da compra em comparação a outros modelos existentes”, afirmou a entidade em nota.

Idec defende o triângulo

O modelo de triângulo é adotado no Chile desde 2016 e defendido pelo Idec por serem “facilmente compreendidos como alertas por crianças, daltônicos e até pessoas não alfabetizadas” e pelos resultados positivos alcançados na sociedade chilena, onde “as advertências nas embalagens dos alimentos ajudaram a reduzir o consumo de produtos não saudáveis”.

O Idec também argumenta que falta apresentação de comprovação científica para a escolha do modelo de lupa. “Na consulta, iremos questionar as evidências que levaram à decisão de escolha da lupa em vez dos triângulos, já que temos evidência de que esse modelo é o mais eficiente para para informar a população de forma clara e objetiva”, destaca Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec.

O Idec questionou ainda a ausência de informação sobre adoçantes nos rótulos, especialmente para os produtos destinados ao público infantil, que muitas vezes substituem o açúcar por essa substância. “Por isso, é importante que os consumidores tenham essa informação destacada”, destaca Ana.

Além disso, o Idec quer a proibição de qualquer comunicação mercadológica destinada ao público infantil em alimentos com rotulagem frontal. “Este público deve ser protegido da publicidade abusiva”, comenta a nutricionista.

Entre as outras sugestões da Anvisa está a declaração obrigatória dos açúcares “livres” e “totais” na lista de nutrientes da tabela nutricional. Muda ainda o valor de referência para calcular o percentual de valores diários dos ingredientes em cada produto, o %VD, e faz uma nova definição, mais objetiva, do que é considerado um produto de consumo individual.

Também para tornar a tabela nutricional utilizada hoje mais clara, a quantidade dos nutrientes deverá ser calculada não por porção como é hoje. O padrão será a quantidade por 100g ou 100ml. Isso vai permitir comparar diferentes marcas ou produtos.

Saiba Mais

A Anvisa também criou regras mais rígidas para mensagens das chamadas “alegações nutricionais”, como “0% gordura” ou “fonte de fibras” que muitas vezes aparecem na embalagem dos produtos “fit”.

Com a nova norma, se um alimento tiver o alerta sobre alto teor de gorduras saturadas, ele não poderá dizer que é “reduzido em colesterol”, por exemplo. Para o Idec, essa restrição não é suficiente.

O instituto defende a proibição de qualquer alegação nutricional em alimentos que tenham a presença de, pelo menos, um dos nutrientes críticos da rotulagem frontal.

A expectativa é que até o final do ano a nova normatização entre em vigor. A partir daí, as empresas terão entre 12 e 30 meses para atualizar as embalagens já considerando o limite estabelecido de ingredientes a partir do qual é exigido o alerta de “alto teor”.

(Fonte: IDEC)