O papel da Nutrição durante o tratamento do câncer

Artigo publicado ontem, no jornal ‘Nutrition and Cancer’, asseverou o papel essencial do acompanhamento nutricional dos pacientes com câncer desde o início do tratamento. 

Segundo o autor, o oncologista português João Vasco Barreira, é crucial que os médicos tenham o entendimento da necessidade do tratamento multidisciplinar da doença e que recomendem o acompanhamento nutricional. 

Ele ressaltou que a desnutrição (comum em muitos pacientes, por diferentes causas relacionadas diretamente ao tratamento) é perigosa e piora bastante o prognóstico do câncer (assunto que já tratamos aqui em um post).

A mensagem que fica é que o câncer é uma doença complexa e o bem-estar do paciente tem que ser considerado de uma maneira global, sendo observados não somente o tumor em si, mas o corpo como um todo, além dos aspectos psicológicos. 

Você é paciente oncológico e tem dúvidas sobre sua dieta? Estou aqui pra te ajudar. 

Laranja, pimentão e goiaba: alimentos campeões de agrotóxicos acima do limite

A Anvisa usou tom otimista na publicação do relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos com resultados de testes feitos em frutas e legumes entre 2017 e 2018. Mas o documento não colocou de forma clara informações de alto interesse público que foram destaque na divulgação de relatórios anteriores. Por exemplo, quais são os alimentos em que mais foram detectados agrotóxicos em doses problemáticas? A Agência Pública e a Repórter Brasil analisaram os dados brutos do relatório em busca dessa e de outras respostas.

A agência divulgou que, no geral, 23% dos alimentos testados tinham agrotóxicos proibidos ou acima do volume permitido. Mas esse quadro é ainda mais preocupante quando se olha alguns alimentos específicos.

Como ocorreu em anos anteriores, o pimentão foi o campeão de problemas. Em cada 10, oito tinham agrotóxicos proibidos ou acima do permitido. A novidade nesta edição do relatório foi o segundo lugar para a goiaba, que teve 42% das amostras testadas com doses acima do recomendado ou agrotóxicos proibidos. Em seguida ficaram a cenoura com 39% de desconformidade,  e o tomate com 35%.

Além desses alimentos, também fazem parte da análise amostras de abacaxi, alface, alho, arroz, batata-doce, beterraba, chuchu, laranja, manga e uva (confira os resultados sobre cada um deles na arte acima). As coletas foram realizadas entre agosto de 2017 e junho de 2018 pelas Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais em todos os estados — apenas o Paraná ficou de fora.

É a Anvisa que determina qual agrotóxico pode ser usado e qual a quantidade máxima de resíduo que pode ficar em cada alimento, o chamado Limite Máximo de Resíduos (LMR). De acordo com a agência, a detecção de agrotóxico acima do LMR não significa necessariamente risco à saúde do consumidor. Nesses casos, segundo a Anvisa, é necessário fazer outra avaliação específica sobre os riscos.

“Se foi detectado acima do limite é porque ocorreu um uso desnecessário, o agricultor usou mais agrotóxico do que precisava, seja por não seguir a bula, por não ter sido orientado ou porque a praga não estava morrendo”, explica a toxicologista e pesquisadora da Fiocruz Karen Friedrich.

Laranja pode intoxicar consumidor

Nas avaliações específicas para identificar a quantidade de agrotóxico que pode gerar problemas à saúde de quem come o alimento, a Anvisa criou um novo método para avaliar o risco agudo (a curto prazo) e crônico (a longo prazo). Para isso, a agência usou dados sobre quanto os brasileiros consomem em média de cada alimento e o peso corpóreo dos consumidores a partir de 10 anos de idade.

Ou seja, a Anvisa ignora o risco para crianças de zero a 10 anos, grupo cuja saúde é ainda mais suscetível à intoxicação porque tem peso inferior ao dos adultos. Questionada pela reportagem, a agência confirmou a informação e atribuiu a falha à limitação  da Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, usada como base para a avaliação de risco.

A partir deste cálculo, a agência concluiu que não há casos de risco crônico nos alimentos analisados e apenas 41 frutas e legumes tem potencial de risco agudo. Desses, 27 eram laranjas. Ou seja, a cada 14 laranjas vendidas nos mercados, uma tinha agrotóxico suficiente para causar uma intoxicação imediata em quem consumiu – um cenário preocupante para um país onde a fruta é consumida com frequência.

“O risco agudo inclui uma gama de sintomas como enjoo, dor de cabeça, alteração do ritmo cardíaco e respiratório, em alguns casos podendo levar a pessoa a ser hospitalizada”, explica Karen, da Fiocruz.

Cinco laranjas analisadas apresentaram mais de cinco vezes o limite de segurança de exposição, todas para o agrotóxico carbofurano, um inseticida proibido no Brasil desde 2017 devido aos efeitos neurotóxico. Este produto pode afetar o desenvolvimento, incluindo efeitos nos fetos, funcionais e comportamentais.

Especialistas alertam que o problema pode não estar apenas na laranja.  A pesquisadora da Fiocruz faz críticas ao método de avaliação para risco à saúde humana, apontando que uma das falhas é a análise isolada dos agrotóxicos. “Os resultados mostram que a mistura é frequente. Interações entre os agrotóxicos podem gerar efeitos aditivos e sinérgicos que necessariamente impactam o cálculo”, explica Karen.

Outra crítica é em relação ao cálculo de quanto o brasileiro consome. Segundo o relatório, a abordagem da Anvisa “parte do princípio de que é improvável que um indivíduo consuma grande porção de dois ou mais alimentos diferentes, em um curto período, contendo resíduos do mesmo agrotóxico nas maiores concentrações detectadas”.

Para Karen, o relatório erra ao não considerar que “a pessoa come diferentes alimentos por dia, que podem conter resíduos de diversos agrotóxicos com efeitos danosos para a saúde”.

 

(Fonte: Repórter Brasil)

Alimentos podem te ajudar a evitar a Osteoporose

A alimentação para osteoporose tem que ser rica em cálcio, presente em alimentos como leite, queijos e iogurte, e vitamina D, que está em peixes, carnes e ovos. A vitamina D aumenta a absorção de cálcio no intestino, e o cálcio é o principal mineral formador da massa óssea.

A osteoporose é uma doença crônica que não apresenta sintomas, sendo descoberta em exames de controle e prevenção da saúde geral. Ela é mais comum em mulheres, especialmente após a menopausa, e aumenta o risco de fraturas nos ossos.

O que comer

A alimentação adequada para osteoporose deve conter:

Cálcio

Os principais alimentos ricos em cálcio são o leite e seus derivados, como queijos e iogurtes. Além dos produtos láteos, também trazem boas quantidades de cálcio alimentos como sardinha, amêndoas, salmão, tofu, brócolis, rúcula, couve e espinafre.

Vitamina D

A vitamina é necessária para a absorção adequada de cálcio no intestino, estando presente em alimentos como salmão, óleo de fígado de bacalhau, ovo e sardinha. No entanto, a maior e melhor maneira de produzis vitamina D suficiente para o organismo é tomando banho de sol diariamente por 20 minutos, pois os raios solares estimulam a produção desta vitamina na pele.

No entanto, caso os níveis de vitamina D já estejam baixos ou quando a osteoporose já está instalada, o médico pode recomendar suplementos à base de cálcio e vitamina D.

Magnésio

O magnésio é um mineral importante para converter a vitamina D em sua forma ativa, pois só assim ela agirá de maneira adequada no organismo. O magnésio está presente nas sementes de abóbora, gergelim, linhaça, castanhas, amêndoas, amendoim e aveia, por exemplo.

O que evitar

Por outro lado, na alimentação para osteoporose deve-se evitar consumir alimentos que diminuam a absorção de cálcio no intestino ou que aumentem a sua excreção pelos rins, através da urina, como:

  • Sal e alimentos ricos em sódio, como cubos de carne, salsicha, linguiça, presunto, comida pronta congelada e fast food;
  • Ácido oxálico e fitato, presentes no chocolate, gérmen de trigo, nozes, feijão, espinafre, tomate e acelga;
  • Manteiga e carnes gordurosas, pois o excesso de gordura saturada diminui a absorção de cálcio no organismo;
  • Proteínas em excesso, presentes principalmente nas carnes, peixes e frango.

O excesso de proteínas aumenta a eliminação de cálcio na urina e pode reduzir sua absorção no intestino, pois normalmente as proteínas estão presentes em alimentos que também são ricos em ferro, mineral que compete pelo cálcio para ser absorvido no intestino.

 

(Fonte: Tua Saúde)

INCA lança cartilha de orientação e posicionamento sobre dietas restritivas para pacientes oncológicos

Notícias

INCA lança cartilha de orientação e posicionamento sobre dietas restritivas para pacientes oncológicos

Publicações têm como principal missão combater boatos divulgados nas redes sociais e que estão prejudicando o tratamento do câncer

Publicado: 16/01/2019 | 15h18
Última modificação: 29/04/2019 | 14h19

Todos os dias, as redes sociais são inundadas por informações sobre alimentos milagrosos ou vilões da vida saudável. Para os pacientes com câncer, essas informações podem causar confusão e estimular práticas perigosas. Em vista da divulgação na internet de dietas restritivas sem respaldo científico, as seções de Nutrição e Dietética das Unidades Assistenciais e a Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA decidiram elaborar uma cartilha de orientação a pacientes e divulgar o posicionamento oficial do Instituto sobre o tema. Durante o fórum “Dietas restritivas em oncologia: tem fake news na ciência”, o Instituto orientou profissionais e pacientes a não recomendarem nem seguirem as dietas detox, alcalina, low carb e nem cetogênica, já que ainda não existem evidências científicas de que possuam efeito benéfico durante o tratamento de câncer. O evento ocorreu dia 17, no auditório principal do prédio-sede.

Segundo a nutricionista do HC II Gabriela Villaça, que explicou o posicionamento do INCA, a dieta cetogênica carece de estudos clínicos robustos que comprovem sua eficácia e segurança durante o tratamento oncológico: “Ainda não é bem estabelecido para quais tipos de tumor e em qual estágio da doença essa estratégia pode funcionar, assim como o tempo máximo para manutenção dessa dieta e nem mesmo se, de fato, existe ganho de sobrevida ou melhor resposta ao tratamento com essa prática”, ponderou. A nutricionista revelou que muitos pacientes que seguem as dietas recomendadas na internet chegam ao INCA com perdas significativas de peso e massa muscular, o que gera menor tolerância ao tratamento.

Amine Costa, chefe da Seção de Nutrição e Dietética do HC II, frisou a dificuldade de combater as informações falsas nas redes sociais quando elas vêm de profissionais de saúde, e defendeu o envolvimento da equipe multidisciplinar para divulgar o posicionamento do INCA: “Temos que ter o compromisso de disseminar as informações verdadeiras”. O Instituto recomenda que os pacientes oncológicos sigam uma dieta individualizada e com estratégias de manejo de sintomas, sempre acompanhada por um especialista. Para prevenção do câncer, é aconselhada uma alimentação saudável, com privilégio de alimentos in natura e exclusão dos produtos ultraprocessados.

O evento contou também com duas mesas-redondas. A primeira discutiu evidências científicas sobre dieta cetogênica e câncer e teve apresentações das pesquisadoras do INCA, Liz Almeida, chefe da Divisão de Pesquisa Populacional, Andréia Melo, chefe da Divisão de Pesquisa Clínica, e Sheilla Coelho, pesquisadora no Programa de Carcinogênese Molecular. A segunda mesa tratou da comunicação e disseminação de informações sobre o câncer. Esse momento teve falas da coordenadora de Redes Sociais do Ministério da Saúde, Gabriela Rocha, do presidente do Conselho Regional de Nutricionistas da 4ª Região (RJ/ES), Leonardo Murad, e da paciente, nutricionista e voluntária da ong Oncoguia Juliana Emerick.

(Fonte: Inca)

Anvisa aprova norma sobre rótulo nutricional em embalagens

Uma excelente notícia, que me deixa realmente feliz.

Estou falando da aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da nova norma sobre rótulo nutricional de alimentos.

E por que isso me deixa tão contente?

Porque vai te dar a chance de fazer melhores escolhas e também mais saudáveis.

Como? Bom, foi decidido que as embalagens vão destacar quando houver excesso de substâncias que podem fazer mal à saúde, como açúcar, gordura e sódio.

E o melhor: essas informações vão estar bem na frente da embalagem, na parte superior, por ser uma área facilmente capturada pelo olhar.

A Tabela de Informação Nutricional também passará por mudanças. Terá apenas letras pretas e fundo branco. Segundo a Anvisa, o objetivo é afastar a possibilidade de uso de contrates que atrapalhem na legibilidade das informações.

Outra mudança é que agora também será obrigatória a identificação de açúcares totais e a quantidade que foi adicionada ao produto. Também haverá a declaração do valor energético e nutricional por 100 g ou 100 ml.

Além disso, a tabela deverá ficar próxima da lista de ingredientes e em superfície contínua, não sendo aceitas quebras. Ela não poderá ser apresentada em áreas encobertas, locais deformados ou regiões de difícil visualização.

A nova regra será publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União e começará a valer em dois anos.

Ainda falta um pouco de tempo, eu sei, mas nos dá a certeza de que vai acontecer e da possibilidade do impacto positivo na saúde das pessoas.

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(Com informações da Anvisa/IG)

Nutrição gentil: quando o autoconhecimento torna a dieta mais saudável

Se você é da turma que detesta dietas mas, ainda assim, quer ter uma vida mais saudável, pode ser que goste do “comer intuitivo”, um novo tipo de abordagem que vem ganhando espaço entre nós, nutricionistas.

A técnica se afasta da ideia de que o emagrecimento depende de restrições alimentares, substituindo a privação de alimentos por uma espécie de autoconhecimento em relação às necessidades físicas e emocionais.

O objetivo é ensinar o paciente a reconhecer seus desejos alimentares e a distinguir quando a comida é necessária apenas para preencher lacunas emocionais.

A pessoa se entende primeiro, sem seguir um padrão de dieta, sem contar calorias ou mesmo ficar se pesando o tempo inteiro. Aqui há uma sintonia entre corpo e mente, entre saber comer e atender às necessidades fisiológicas e não somente às emocionais.

Conheça os 10 princípios do “comer intuitivo”

Entenda os fundamentos da nova abordagem nutricional:

1.Rejeitar a mentalidade de dieta: Não há padrão de dieta. Aqui a alimentação se dá de forma flexível e harmônica. Regras não se sustentam por muito tempo quando o assunto é comida.

2.Honrar a fome: O corpo tem necessidades fisiológicas. É preciso aprender a reconhecer os seus sinais: queda de energia e dor de cabeça, por exemplo. Além disso, também é necessário observar os horários em que a fome, de fato, aparece.

3.Fazer as pazes com a comida: No método, não há alimentos proibidos. A ideia é que as pessoas comam aquilo que lhes agrada, aprendendo, no entanto, a fazê-lo sem excessos.

4.Desafiar o “fiscal alimentar”: Há quem se alimente à espera de alguém para culpá-lo, como se houvesse necessidade de um fiscal a respeito daquilo que está no prato. A proposta é que o autoconhecimento substitua a necessidade do “fiscal alimentar”.

5.Sentir saciedade: Saber identificar o momento em que se está satisfeito, reconhecendo o momento de parar de comer.

6.Descobrir o que causa satisfação: Identificar os alimentos, em termos de sabor, textura, aroma, aparência e quantidade que são mais satisfatórios.

7.Lidar com as emoções sem usar a comida: Aprender a gerenciar os sentimentos, sem transformar a comida em válvula de escape ou recompensa.

8.Respeitar o próprio corpo: Construir uma relação de respeito com o corpo para que se busque os alimentos adequados para nutri-lo melhor.

9.Exercitar-se: A atividade física é um compromisso com o bem-estar e, portanto, deve ser aproveitada.

10.Nutrição gentil: As escolhas alimentares são feitas para honrar o corpo, a saúde e o paladar, não devem seguir padrões estabelecidos.

 

(Fonte: Metrópoles)