O açúcar da fruta é melhor que o açúcar refinado?

Muito se fala sobre fazer “detox de açúcar”, de como o açúcar refinado é prejudicial para a saúde e, até mesmo, dos efeitos do açúcar da fruta. Mas será que existem muitas diferenças entre os dois tipos?

Frutas são alimentos essenciais para qualquer dieta (emagreça com o Tecnonutri) . Fontes de fibras, vitaminas e energia (carboidratos complexos), elas são muito nutritivas. Mas, parte essencial de sua composição é também o açúcar, mais especificamente a frutose, seu adoçante natural.

Em contrapartida, o chamado “açúcar refinado” é aquele processado a partir do melado da cana-de-açúcar ou do açúcar mascavo, também extraído da cana. Durante seu processamento, há a perda de suas vitaminas e minerais importantes. Portanto, ele se torna um alimento com calorias vazias, sem nutrientes.

Assim, a frutose coexiste com demais nutrientes importantes na composição das frutas. O açúcar refinado, em contrapartida, é um alimento de calorias vazias, ultraprocessado quimicamente.

Portanto, o açúcar da fruta é tão ruim quanto o açúcar refinado?

De modo geral, não. Afinal, o açúcar das frutas – a frutose, acompanha outros nutrientes importantes para a saúde. Entretanto, especialistas reiteram: tudo depende da quantidade ingerida. Ainda, a quantidade ideal também é algo que varia conforme o organismo e a saúde de cada um. Por exemplo, um paciente de diabetes ou outra condição em que seja necessário monitorar a ingestão de carboidratos e açúcares, até mesmo a frutose pode ser prejudicial quando consumida em excesso.

Alimentos ricos em frutose

A frutose está presente naturalmente em alimentos como frutas, ervilhafeijãobatata docebeterraba e cenoura, não causando problemas para a saúde.

Porém, alimentos industrializados ricos em frutose devem ser evitados, como refrigerantes, molhos industrializados, chocolates, alguns tipos de pães, salsicha e presunto. Além disso, é preciso estar atento aos rótulos e evitar o consumo excesso de alimentos que contenham frutose, xarope de frutose ou xarope de milho na sua composição.

Por fim, é importante reforçar que as frutas são importantes para a saúde e, por isso, devem ser incluídas na alimentação. No entanto, por conta da frutose, para algumas pessoas é importante maneirar no consumo desses alimentos – principalmente quem sofre com diabetes e outros problemas relacionados ao açúcar. Lembre-se: o segredo para tudo é manter o equilíbrio e consumir com moderação.

Saiba como diminuir a ansiedade por meio da alimentação saudável

Este mês é celebrado o “Janeiro Branco”, campanha voltada a conscientização sobre a importância da saúde mental. Assunto que se mostra ainda mais relevante para o nosso país, que possui a maior taxa de pessoas com ansiedade do mundo e é o quinto em casos de depressão. Cerca de 9,3% dos brasileiros possuem algum tipo de transtorno de ansiedade e 5,8% convivem com a depressão. Os fatores que impulsionam o desenvolvimento destes distúrbios em nossa população são vários, indo da preocupação com a pandemia de covid-19 até a apreensão gerada pelas turbulências econômicas e políticas. Até mesmo a virada de ano acaba estimulando o surgimento das sensações de inquietude e agonia, que geralmente estão relacionadas as frustrações do ano anterior e as expectativas e incertezas quanto ao ano que se iniciará.

Segundo o clínico geral Lucas Penchel, alguns dos sintomas causados pela ansiedade como, por exemplo, o estresse, insônia, fadiga e irritação podem levar as pessoas a comerem de forma desregrada e exagerada, o que na maioria das vezes, resulta no aparecimento de outros problemas de saúde. “O consumo de açúcar e gordura estimula a liberação dos hormônios da endorfina e serotonina nas correntes sanguíneas, proporcionando bem-estar e relaxamento quase que imediato a nossos organismos. Com o passar dos anos, esse tipo de alimentação pode influenciar no aumento de peso e na construção de quadros de hipertensão, diabetes, gastrite, obesidade, refluxo, entre outros. Por estes motivos é essencial que os pacientes entendam a relação entre alimentação e ansiedade e assim adotem novos hábitos, introduzindo em suas dietas pratos saudáveis e nutritivos, que tragam boas sensações e ajudem a minimizar os sinais do distúrbio”, destaca.

Uma alternativa para os fãs de doces é fazer a substituição por alfarroba, um fruto do qual é possível fazer barrinhas ou creme com aroma e sabor semelhantes aos do chocolate. “É uma opção pouco calórica e rica em magnésio, polifenóis e antioxidantes que auxiliam na prevenção ao envelhecimento precoce. Outros alimentos que possuem magnésio e cálcio e ajudam a acalmar o nosso organismo, assim como a alfarroba, são a soja, nozes, iogurte desnatado, sardinha, salmão, brócolis e couve”, recomenda.

Outro nutriente que colabora no controle da ansiedade é a vitamina C, presente em frutas cítricas, como a laranja, tangerina e limão. “Elas contribuem para a diminuição da produção do hormônio cortisol, que é liberado em situações de estresse, promovem o funcionamento eficiente do sistema nervoso e elevam a sensação de bem-estar”, indica.

De um modo geral, os alimentos ricos em ômega 3, fibras, vitamina D, probióticos e triptofano – aminoácido encontrado em carnes, frango, peixes, ovos e também no chocolate – são essenciais para aperfeiçoar a função cerebral, aumentar a produção de serotonina, melhorar o humor, regular a flora intestinal e os níveis de açúcar no sangue, dar energia e disposição, majorar a sensação de saciedade e controlar os níveis de ansiedade. “Também recomendo o consumo dos chás verde, camomila, erva-doce, cidreira e hortelã, que cooperam no processo de digestão e são calmantes naturais. Eles devem ser consumidos sem a adição de açúcar”, ressalta.

De acordo com Lucas Penchel, a alimentação saudável pode ser definida com a ajuda de um bom nutricionista ou nutrólogo. “Ela também deve ser combinada a prática de atividades físicas e ao acompanhamento psicológico e psiquiátrico. A ansiedade em excesso demanda o auxílio de profissionais capacitados, pois somente eles poderão fazer o diagnóstico e recomendar o tratamento adequado para cada paciente, podendo abarcar o uso de medicamentos específicos e terapias distintas”, conclui.

(FONTE: Jornal do Brasil)