Olimpíadas: veja como funciona a alimentação dos atletas de acordo com cada modalidade

Para que o atleta obtenha alta performance na competição é necessário que o seu corpo esteja alinhado com a modalidade esportiva que vai competir. Nesse sentido, ter uma boa alimentação é essencial para se ter bons resultados.

Dentro do esporte olímpico, existem várias modalidades esportivas, e cada uma exige um biotipo corporal de atleta, por isso o consumo de carboidratos e proteínas variam de competidor para competidor, levando em consideração o tipo e tempo de treino.

O nutricionista Rafael Soares explica como deve ser a alimentação de acordo com as modalidades. Confira:

Atletas de Força

Englobam os lutadores, competidores de levantamento de peso, musculação e atletas da ginástica olímpica.

“São atletas que precisam de muita massa, então eles não podem ter uma dieta com baixo carboidrato. Esses competidores precisam ter uma alimentação equilibrada durante o dia. Aconselho uma divisão equivalente de proteínas, gordura e carboidratos, sendo 30% a 35%, de cada um dos macronutrientes”, explica.

Antes do treino: “Até 1h/1h30 antes, é importante que esses atletas façam uma refeição rica em carboidratos para que tenham uma reserva para a atividade”, completa.

Atletas de Endurance

Fazem parte ciclistas e maratonistas. Geralmente, são atletas magros e que têm um alto gasto energético, visto que praticam esportes de até 2h.

“São competidores que precisam de reserva muscular, mas não de volume. O ideal é ter uma dieta rica em proteína, como ovo, frango, peixe, e ter um baixo consumo de carboidratos durante o dia”, pontua.

Antes do treino: “Em torno de 45 min antes da atividade física, é ideal uma refeição com carboidratos. Depois de completada a primeira hora do treino, ele volta a ingerir géis de carboidratos, a cada 15 min”.

Exercícios de Explosão

Incluem futebolistas, jogadores de vôlei e de basquetebol.

“Eles possuem um padrão misto do endurance e da força, pois são resistentes e praticavam esportes de longa duração. A dieta deve ser equilibrada para que não ganhe massa muscular, mas que também não perda. Aconselho um consumo moderado de carboidratos e proteínas.

Antes do treino: “Em até 1h antes é ideal se alimentar com bastante carboidrato e proteínas e depois, durante os intervalos, que ele faça mini refeições, pode ser gel de carboidrato, banana”, acrescenta.”É válido frisar que, independente da modalidade, sempre após a prática esportiva, é importante uma refeição com carboidratos calculados para cada atleta”, finalizou o nutricionista.

 

(Fonte: Folha Vitória)

O que os alimentos ultraprocessados fazem com nosso corpo?

Desde que a humanidade descobriu o fogo e as especiarias, não olhamos mais para trás: continuamos inventando novas maneiras de desconstruir os alimentos para depois reformulá-los.

O que fazemos com a comida para criar novos sabores e experiências é incrivelmente criativo.

Mas o que os alimentos que consumimos fazem com a gente talvez seja ainda mais fascinante, sobretudo quando se trata de alimentos ultraprocessados.

O que são alimentos ‘ultraprocessados’?

Conservas, enlatados, pasteurização, fermentação, reconstituição — todas estas são formas de processamento de alimentos e os resultados finais costumam ser deliciosos.

O médico e pesquisador Chris Van Tulleken conduziu recentemente um experimento para a BBC em que comeu alimentos ultraprocessados ​​por um mês. Alerta de spoiler: não acabou bem.

Para o experimento, que fazia parte do documentário What are we feeding our kids? (“Com o que estamos alimentando nossos filhos?”, em tradução livre), Tulleken adotou uma dieta na qual obtinha 80% de suas calorias de alimentos ultraprocessados ​​— proporção cada vez mais comum para pessoas em países de alta renda como Reino Unido, Canadá, Austrália e EUA. Mesmo tendo uma amostra de uma só pessoa, o experimento apontou diversos elementos importantes.

Como os alimentos ultraprocessados afetam o corpo?

Ao fim do período de um mês, Tulleken relatou dormir mal, sentir azia, lentidão, constipação, hemorroidas e um ganho de peso de 7 kg.

Um estudo conduzido junto com o experimento de Tulleken ofereceu algumas razões científicas para isso.

A pesquisa mostrou que quem adota uma dieta ultraprocessada acaba ingerindo pelo menos 500 calorias a mais por dia em comparação com aqueles que consomem ultraprocessados em pouca quantidade.

O indivíduo também registra um aumento no hormônio responsável pela fome e uma diminuição no hormônio que nos faz sentir saciados, o que poderia explicar por que muitos comem demais e engordam.

Mas o ganho de peso é apenas um dos inúmeros problemas associados a uma dieta rica em ultraprocessados.

Outros estudos anteriores mostraram uma relação entre o consumo prolongado de ultraprocessados e um risco maior de doenças cardíacas, obesidade, diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer e até depressão.

No estudo, os ultraprocessados também tiveram um impacto em como comemos: pessoas com uma dieta rica em ultraprocessados comiam muito mais rápido do que aquelas com uma alimentação processada minimamente.

Pesquisas anteriores relacionaram comer mais devagar com a sensação de saciedade. Mas os alimentos ultraprocessados “são tão fáceis de mastigar e engolir”, admite Tulleken.

“Alimentos ultraprocessados ​​têm um gosto bom”, ecoa Emma Beckett, cientista de alimentos e nutrição. E como especialista em ciência da nutrição, ela tem uma explicação simples para isso.

Segundo ela, nosso amor por gorduras e carboidratos é uma “ressaca da evolução”. “As fontes de energia e sal eram escassas quando a seleção [natural] escolheu nossas papilas gustativas.”

Para nossos ancestrais, “doce e umami indicavam diretamente as fontes de energia, carboidratos e proteínas, respectivamente”, diz ela. “O sal provavelmente é apetitoso porque é essencial em pequenas quantidades, mas não era facilmente disponível historicamente.”

Mas um fator não menos importante do que a evolução, talvez, seja o processo de produção que está por trás desses alimentos ultraprocessados.

“Estes produtos são frequentemente desenvolvidos para atingir nosso ‘bliss point’ (ponto de felicidade ou ponto ideal, em tradução livre)”, explica Beckett, “o nível perfeito de sal, gordura e/ou açúcar; e para estar logo abaixo do ponto denominado ‘saciedade sensorial específica’, que é o ponto em que os sentidos ficam sobrecarregados e você não quer mais.

(Fonte: G1)

Você já ouviu falar na regra dos 5 vegetais por dia?

Cinco é o novo número da sorte. Essa é a quantidade de porções de frutas e verduras que você precisa comer por dia para viver mais, de acordo um novo estudo divulgado pela Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês) que analisou dados de aproximadamente 2 milhões de adultos em todo o mundo.

Duas dessas cinco porções devem ser de frutas – as outras três devem se concentrar em vegetais, revelou a pesquisa.

“Essa quantidade provavelmente oferece o maior benefício em termos de prevenção das principais doenças crônicas e é uma ingestão relativamente alcançável para o público em geral”, disse o autor principal do estudo, Dr. Dong Wang, epidemiologista e nutricionista da Escola de Medicina de Harvard e do Hospital da Mulher em Boston.

Os resultados mostraram, no entanto, diferenças nos benefícios dependendo do alimento que era consumido.

“Também descobrimos que nem todas as frutas e vegetais oferecem o mesmo grau de benefício, embora as recomendações dietéticas atuais geralmente tratem todos os tipos de frutas e vegetais, incluindo vegetais ricos em amigo, sucos de frutas e batatas, da mesma forma”, afirmou Wang.

Ervilhas, milho, batata e outros vegetais ricos em amido, por exemplo, não foram associados a um risco reduzido de morte ou de doenças crônicas específicas.

Por outro lado, verduras ricas em beta caroteno e vitamina C, como espinafre, alface e couve, junto com a cenoura, mostraram benefícios.

Na categoria das frutas, as ricas em beta-caroteno e vitamina C, como as vermelhas e as cítricas, também ajudaram a reduzir o risco de morte e doenças crônicas. O suco delas, porém, não contribuem para essas vantagens. Pesquisas anteriores mostraram que a fibra da fruta inteira é a chave para obter os benefícios.

“A totalidade das evidências no estudo deve convencer os profissionais de saúde a promover o consumo de mais frutas e vegetais como estratégia alimentar fundamental para os cidadãos”, escreveram o Dr. Naveed Sattar e a Dra. Nita Forouhi em um editorial de acompanhamento que será publicado em abril.

Sattar é professor do Instituto de Ciências Cardiovasculares e Médicas da Universidade de Glasgow; Forouhi lidera o programa de epidemiologia nutricional da Unidade de Epidemiologia da Universidade de Cambridge. Nenhum deles estava envolvido com o novo estudo.

“Os maiores ganhos podem vir do incentivo àqueles que raramente comem frutas ou vegetais, uma vez que dietas ricas desses alimentos, mesmo que modestas, são benéficas”, disseram.

Consumo x Taxa de Mortalidade

O estudo, publicado nesta segunda-feira (1º) na revista da AHA, foi dividido em duas partes. A primeira foi uma análise de dados do Estudo de Acompanhamento de Enfermeiros e Profissionais de Saúde, que acompanhou mais de 100 mil americanos por até 30 anos. Todos os participantes preencheram um questionário de hábitos alimentares no início da pesquisa; esses questionários eram atualizados a cada dois ou quatro anos.

Depois, as informações eram comparadas com os registros de saúde e óbitos coletados durante o mesmo período.

A segunda parte do estudo foi uma análise de dados agrupados de 26 estudos cobrindo quase 2 milhões de participantes de 29 países e territórios na Ásia, África, Austrália, Europa e América do Norte e do Sul. Esses estudos também compararam o consumo de frutas e verduras com as taxas de mortalidade.

Pessoas que comeram cinco porções diárias de frutas e vegetais tiveram um risco 13% menor de morte por qualquer causa do que pessoas que comeram apenas duas porções de frutas e vegetais por dia.
O consumo de cinco porções também foi relacionado a um risco 12% menor de morte por doenças cardiovasculares.

Elas também tiveram um risco 10% menor de morte por câncer e um risco 35% menor de morte por doenças respiratórias, como doença pulmonar obstrutiva crônica, do que aqueles que comeram apenas duras porções, descobriram os pesquisadores.

Apenas cinco porções?

Curiosamente, o estudo não encontrou nenhum benefício em comer mais de cinco porções desses alimentos por dia, o que contradiz pesquisas anteriores em animais e pessoas.

Um levantamento de 2017 descobriu uma redução significativa no risco de ataque cardíaco, derrame, câncer e morte precoce ao comer 10 porções de frutas e verduras todos os dias. Estudos em animais encontraram respostas imunológicas muito mais baixas naqueles que foram alimentados com duas a três porções por dia do que em animais que comeram de cinco a nove porções por dia.

“Víamos um efeito melhor no consumo de oito a nove porções por dia”, disse a autora do estudo, Dra. Simin Meydani, cientista sênior e líder da equipe de imunologia nutricional do Centro de Pesquisa em Nutrição Humana sobre Envelhecimento da Universidade Tufts Jean Mayer.

Meydani destacou o fato de que o novo estudo se baseou na autodeclaração, que conta com a capacidade dos participantes de lembrar e serem verdadeiros ao registrar o que comeram. Portanto, ele só poderia mostrar uma associação entre cinco porções e uma saúde melhor – não uma causa e um efeito.

“A pesquisa se baseia principalmente em estudos observacionais e registros de ingestão alimentar, que eu não acredito que tenham a sensibilidade de diferenciar e identificar a dose exata necessária”, disse Meydani, que não estava envolvido no estudo.

“Para recomendar que cinco porções de frutas e vegetais seja a melhor dose, eles precisarão fazer um ensaio controlado aleatório, olhando tanto os resultados da doença quanto os biomarcadores de saúde, o que não foi feito de forma sistemática”, completou a cientista.

Diretrizes

As diretrizes dietéticas dizem que as mulheres adultas devem comer pelo menos 1,5 xícaras de frutas e 2,5 xícaras de vegetais por dia. Os homens precisam de mais: 2 xícaras de frutas e 3,5 de vegetais.

No entanto, apenas 9% dos adultos norte-americanos comem as porções sugeridas de verduras e apenas 12% comem a quantidade recomendada de frutas, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

“A Associação Americana de Saúde recomenda encher pelo menos metade do prato com frutas e verduras em cada refeição”, destaca a Dra. Anne Thorndike, presidente do comitê de nutrição da entidade.

“Essa pesquisa fornece fortes evidências dos benefícios para toda a vida de comer frutas e vegetais e sugere uma meta de consumo diário para uma saúde ideal”, acrescentou Thorndike, que também é professora da Faculdade de Medicina de Harvard.

 

(Fonte: CNN Brasil)

Joga sementes fora? Dependendo da fruta, elas têm mais nutrientes que polpa

Aquele hábito de consumir apenas a polpa de algumas frutas, descartando suas sementes como se não tivessem propriedade nutritiva, é um grande erro. Estudos já demonstram que as partes não convencionais dos alimentos (cascas, sementes, talos), em alguns casos, costumam apresentar teores mais elevados de nutrientes como fibras, vitaminas e minerais, quando comparadas às partes comestíveis, como a polpa.

Além disso, aproveitar essas partes pode trazer novos atributos sensoriais às preparações, tornando os pratos mais coloridos e com texturas diferenciadas. No caso das sementes, infelizmente, existe uma tendência em escolher frutas sem elas, fazendo com que algumas sejam produzidas e/ou comercializadas sem essa parte. No entanto, tanto elas quando os caroços são bastante nutritivos. Para que sejam melhor aproveitados, listamos os principais comestíveis a seguir.

Mamão As sementes apresentam quantidades significativas de macronutrientes como lipídios, proteínas e fibras. Além disso, demonstram números relevantes de compostos fenólicos, os quais podem ser empregados como antioxidantes naturais na preservação dos alimentos, além de promoverem efeitos benéficos para a saúde.

Ao ser consumida in natura, há quem a considere amarga. Por isso, a sugestão é preparar uma farinha após a secagem e trituração das sementes, como forma de adicioná-las em outras preparações como sucos, iogurtes, saladas de frutas.

Uva As sementes contêm alto percentual lipídico e, portanto, têm sido exploradas para extração de óleo, prática bastante difundida na Europa. “Esse óleo obtido é rico em ácidos graxos poli-insaturados, com teores elevados do ácido linoleico (ômega 6)”, diz Nataly Maria Viva de Toledo, doutora em ciência e tecnologia de alimentos da ESALQ-USP (Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ da Universidade de São Paulo).

Abacate O caroço de abacate apresenta em sua composição quantidades relevantes de carboidratos, fibras, ácidos graxos poli-insaturados, como o ácido oleico (ômega 9) e esteárico, além de minerais como ferro, zinco e potássio. “Rico em fibras, aminoácidos e antioxidantes, contribui no sistema intestinal e imunológico, previne doenças cardíacas, tem função termogênica, antimicrobiana e antifúngica, sendo considerado um antibiótico natural”, detalha a nutricionista Virgínia Siqueira, diretora da Apan (Associação Paulista de Nutrição).

 

(Fonte: UOL)

Frutas exportadas pelo Brasil levam agrotóxicos proibidos na Europa à mesa dos alemães

A Alemanha está consumindo agrotóxicos que são proibidos ali por meio de alimentos importados do Brasil. Testes realizados por laboratórios independentes alemães, a pedido do Greenpeace, com 70 frutas brasileiras, detectaram ao menos 11 substâncias cujo uso é banido em toda a União Europeia. No total, foram encontrados 35 agrotóxicos diferentes em frutas brasileiras, como manga, mamão, limão e figo, comercializadas nas cidades alemãs de Hamburgo, Colônia, Leipzig e Stuttgart. Dessas, 21 pertencem ao grupo de Pesticidas Altamente Perigosos, uma classificação criada pela agência da ONU para a alimentação e agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Apesar da proibição do uso em solo europeu, muitos desses agrotóxicos são produzidos por empresas sediadas em países da Europa, como as alemãs BASF e Bayer, e depois exportados para o Brasil. Segundo o Greenpeace, no início de 2020 essas duas empresas detinham a produção de 12% dos pesticidas aprovados no Brasil. Marina Lacôrte, porta-voz da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace Brasil, defende, portanto, que não só o uso mas também a produção dessas substâncias sejam proibidas no território europeu. “Se o governo estabelece que os alemães não podem ingerir essa substância, por que não ter uma legislação proibindo a produção delas?”, questiona. “Por que uma criança europeia não pode consumir determinados agrotóxicos e as crianças brasileiras podem?.”

Os questionamentos de Lacôrte são levantados em um momento crucial tanto para o Brasil quanto para países europeus, já que a exportação agrícola é uma das peças-chave do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O tratado ainda precisa ser ratificado por todos os países envolvidos, mas a França em especial tem se mostrado resistente, exigindo cláusulas de proteção aos seus produtos agrícolas e um compromisso do Governo brasileiro com o desmatamento, um dos pontos nevrálgicos do Governo Bolsonaro. Por outro lado, a mesma França encabeça o ranking dos países europeus exportadores de agrotóxicos para o Mercosul, seguida pela Grã-Bretanha, Alemanha, Bélgica e Espanha, segundo a ONG ambiental. Diante do impasse, os ambientalistas pedem que a União Europeia seja “consistente” e não ratifique o acordo, que pode deixar inclusive os agrotóxicos mais baratos, por meio de isenções fiscais, e “aumentar significativamente a venda e o uso de venenos agrícolas europeus.”

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, responsável por fazer o controle de resíduos de agrotóxicos acima do limite e nos alimentos para exportação, afirmou por meio de nota que “assim como o Brasil permite o uso de alguns pesticidas não registrados na Europa, o oposto também é verdadeiro. Há agrotóxicos registrados na Europa que não são permitidos em território brasileiro”, diz, sem mencionar quais. Segundo o órgão, “essa diferença decorre das diferenças de cultivos, clima e pragas que infestam as plantações em cada parte do globo”, afirma a pasta. “Os pesticidas são, portanto, registrados e utilizados conforme as necessidades nacionais.”

No estudo, foi detectado que 64% das frutas brasileiras estavam com algum resíduo de pesticida. O mamão foi campeão, chegando a apresentar até nove substâncias diferentes em uma única fruta, no que a ONG classifica como um “verdadeiro coquetel de pesticidas”. Entre 2017 e 2020, o Brasil foi responsável por 77% dos mamões importados pela Alemanha. O Greenpeace afirma ter comunicado o Governo alemão sobre os resultados.

O teste foi realizado entre a segunda quinzena de abril e início de maio deste ano. Segundo o laudo, apenas 11 das 70 amostras de frutas não continham agrotóxicos. O Ministério da Agricultura afirma que o fato desses alimentos terem ingressado em território estrangeiro “demonstra que os limites encontrados estão abaixo daqueles internacionalmente considerados como seguros pelas autoridades do país importador ou pelo CODEX Alimentarius [coletânea de padrões reconhecidos internacionalmente sobre segurança alimentar] (FAO/OMS)”. Ainda por meio de nota, o Governo brasileiro diz que “os produtos produzidos e comercializados pelo Brasil são seguros para consumo humano.”

No ano passado, o Brasil bateu recorde na aprovação de novos agrotóxicos. Somente em 2020 foram aprovadas 321 substâncias, segundo o Ministério da Agricultura, 59% a mais que em 2019, quando foram liberados 202 pesticidas de acordo com o órgão. Esses registros vêm crescendo ano após ano, mas o Governo minimiza o aumento da aprovação e diz que “97% dos produtos registrados são genéricos, ou seja, já estavam disponíveis no mercado com outros nomes comerciais.”

Para ser registrado no Brasil, um pesticida precisa passar por três instâncias: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia e classifica toxicologicamente os agrotóxicos. A avaliação da agência considera tanto o impacto da exposição dos aplicadores quanto os riscos dos resíduos que eventualmente podem ser encontrados nos alimentos tratados. Em seguida, o Ibama realiza a avaliação ambiental das substâncias, estabelecendo suas classificações quanto ao potencial de periculosidade para o meio ambiente. E, então, o Ministério da Agricultura avalia a eficiência agronômica dos agrotóxicos. É também a pasta que concede o registro do químico, após receber os pareceres favoráveis dos órgãos de saúde e do meio ambiente.

O ministério, chefiado pela ministra Tereza Cristina, ainda esclareceu à reportagem que “há tendência de queda no volume médio de defensivos agrícolas aplicados por área tratada”. De acordo com a nota, em 2020 houve redução de 0,1% na quantidade de quilos por hectare. Em 2019 e 2018, sempre na comparação com os anos anteriores, também havia registro de queda, na média, de 1,1% e 0,5%, respectivamente.

Veneno no pacote

Os resíduos de agrotóxicos perigosos para a saúde não estão somente nos alimentos naturais, como frutas, verduras e legumes. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou recentemente um estudo apontando para a presença dessas substâncias em alimentos ultraprocessados. Cereais, salgadinhos, biscoitos, bebidas de soja, pães e bolos de diferentes marcas apresentaram as substâncias em sua composição. Até mesmo o controverso glifosato, um dos herbicidas mais usados no Brasil ―e um dos proibidos na Europa― e classificado como “provavelmente carcinogênico” pela OMS, foi encontrado em alguns alimentos.

Ao todo, 27 produtos foram analisados pelo Idec, divididos em oito categorias. Dessas, seis apresentaram resíduos de agrotóxicos. Os alimentos onde foram identificados agrotóxicos são: a bebida de soja Naturis (Batavo); o cereal matinal Nesfit (Nestlé); os salgadinhos Baconzitos e Torcida (ambos da Pepsico); os pães bisnaguinha Pullman (Bimbo), Wickbold, Panco e Seven Boys (da Wickbold); os biscoitos de água e sal Marilan, Triunfo (Arcor), Vitarela e Zabet (ambos da M Dias Branco); as bolachas recheadas Bono e Negresco (Nestlé), Oreo e Trakinas (Mondeléz).

O Idec afirma que comunicou aos fabricantes sobre os resíduos encontrados em seus produtos. As empresas que responderam ao Instituto afirmaram que seguem boas práticas dos fornecedores de matéria-prima, ou que a quantidade de substâncias está dentro dos limites. Não há, no entanto, regulação sobre os limites máximos de agrotóxicos em alimentos ultraprocessados, já que a Anvisa monitora essas substâncias apenas nos alimentos naturais.

A Lactails, responsável pela Batavo, informou, após a publicação desta reportagem, que não foi comunicada sobre o estudo do Idec. Por meio de nota, a empresa também afirma que todos seus insumos “são controlados e monitorados através de laudos externos e atendem rigorosamente à legislação brasileira”, e que “a empresa tem uma política rígida na escolha de seus fornecedores de insumos, homologando apenas aqueles que cumprem com todas as exigências legais e de segurança alimentar”.

 

(Fonte: El Pais)

Só 13% da população brasileira consomem frutas e verduras adequadamente

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE, apenas 13% da população brasileira consome frutas e hortaliças adequadamente.⠀

Este é um dado bem triste, tendo em vista que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda comer cinco porções diárias de frutas, legumes e verduras.

Esses alimentos são associados à prevenção das mais diversas doenças, inclusive o câncer. 

Que tal você ajudar a mudar esta estatística e colocar como meta diária esse consumo mínimo de alimentos saudáveis? 

Se precisar de orientação sobre como inseri-los em sua dieta, pode contar comigo. 

Existe alimento 100% proibido para paciente oncológico?

Em Nutrição, nada é 100%!!

❗️Porém, existem sim alguns alimentos não recomendados em algumas fases do tratamento oncológico, dependendo do paciente e dos sintomas que ele esteja tendo no momento. 

‼️De uma forma geral, para pacientes com câncer ou não, a chave é o ‘equilíbrio’. Neste sentido, ‘tudo pode’, desde que de uma forma equilibrada e dentro de uma dieta e contexto de vida saudáveis. 

👉 Se você tem dúvida sobre um alimento específico durante o seu tratamento, envia aqui pra mim, que vou esclarecer pra você. 

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Dra. Socorro Coêlho⁣⁣

Nutricionista Oncológica da Onconutri⁣⁣ (Oncocenter e Oncoclínica)

SBNO – CRN 4322⁣⁣

Atendimentos: Onconutri (Oncocenter) e Oncoclínica

Agende sua consulta: (86) 2106-8700⁣⁣ (Oncocenter)/ (86) 9 9429-2182 (Oncoclínica)

Sorvete: aliado durante o tratamento oncológico

É verdade que a quimioterapia e/ou radioterapia podem trazer vários efeitos colaterais bem chatos, como mucosite, xerostomia (boca seca) e também os enjoos. 

🍦 Para os pacientes enfrentando esses problemas, indico o consumo de alimentos gelados, como o sorvete. 

Mas não é qualquer sorvete. 

Aposte nos de frutas, mais naturais possível. Você pode até fazer em casa (seria o ideal). 

✔️Para enjoos e boca seca, as frutas cítricas podem ser excelentes opções, como o sorvete de laranja, morango e limão, por exemplo. 

‼️Isso porque elas têm uma quantidade considerável de ácido fólico, que favorece o esvaziamento gástrico por meio da produção de ácidos digestivos, promovendo uma melhor digestão e também a produção de saliva.

👉 Agora, se o paciente apresentar as terríveis e doloridas feridinhas na boca, conhecidas como mucosite, é melhor que o sorvete seja de frutas como coco, uva, melancia.

☺️ Gostou da dica e acha que vai ajudar algum amigo, familiar? Que tal compartilhar? 

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Dra. Socorro Coêlho⁣⁣

Nutricionista Oncológica da Onconutri⁣⁣ (Oncocenter e Oncoclínica)

SBNO – CRN 4322⁣⁣

Atendimentos: Onconutri (Oncocenter) e Oncoclínica

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OMS quer reduzir consumo de sódio em 30% e cria limite para processados

Diga ‘não’ ao excesso de sal!!!!

No início de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório que recomenda a redução em 30% do consumo de sódio no mundo até 2025. 

O objetivo é evitar boa parte das cerca de 3 milhões de mortes anuais ligadas à alta ingestão de sal, que causa hipertensão, entre outras doenças. 

No documento, a entidade criou uma lista com a quantidade máxima recomendada de sódio em certos alimentos processados, o que serviria como uma baliza para a indústria e os governos. 

O ideal é que uma pessoa não passe das 5 gramas diárias do mineral (ou 2 gramas de sódio) por dia, um número que está distante da realidade do Brasil. Por aqui, a média de consumo por dia fica em 9,3 gramas de sal, segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

E os itens ultraprocessados são VILÕES!

Eles são os que mais contribuem para o exagero desse nutriente nos dias de hoje. 

Faço minhas as recomendações da OMS e acrescento: além de fugir dos processados, deixe o saleiro fora da mesa e tente usar outros temperos para dar sabor aos alimentos, evitando o sal. 

Que tal compartilhar este alerta importante com os amigos? 

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(Fonte: Veja Saúde)

Tipo de câncer de Covas é associado a inflamação por excesso de peso

Morto neste domingo (16) às 8h20, aos 41 anos, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, lutou durante mais de um ano e meio contra um câncer inicialmente identificado na cárdia, região de transição entre o esôfago e o estômago. 

O excesso de peso pode ter sido um dos fatores que contribuíram para o surgimento do tumor – Covas tem histórico de obesidade. Bruno Covas estava sob os cuidados das equipes médicas coordenadas pelo Prof. Dr. David Uip, Dr. Artur Katz, Dr. Tulio Eduardo Flesch Pfiffer, Prof. Dr. Raul Cutait e Prof. Dr. Roberto Kalil.

O boletim, divulgado pela assessoria de imprensa da prefeitura, foi assinada pelo Diretor de Governança Clínica do Hospital Sírio-Libanês, Luiz Francisco Cardoso, e pelo diretor clínico, Ângelo Fernandez.

Segundo a oncologista Ignez Braghiroli, da diretoria da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica) e coordenadora do Comitê de Tumores Gastrointestinais, esse tipo de câncer está relacionado a inflamações crônicas causadas pelo excesso de peso.

“O tumor justamente nessa transição entre o esôfago e o estômago está muito relacionado à obesidade e à doença do refluxo, porque [esses fatores] geram uma inflamação do esôfago que é fator de risco para a formação de tumores”, afirma.

Em 2017, o político mudou drasticamente a alimentação e encarou uma dieta que o fez perder cerca de 20 kg. A especialista destaca a importância de bons hábitos alimentares para evitar casos de câncer gástrico. 

“Por isso falamos de educação alimentar para diminuir o sobrepeso e justamente diminuir essa inflamação que, em última instância, também diminui as chances de evoluir para um câncer maligno”, explica.

Além disso, a oncologista destaca que o diagnóstico tardio pode contribuir para que tumores malignos no trato digestivo sejam mais agressivos em pessoas com menos de 50 anos.

A demora na identificação do câncer, inclusive, pode facilitar a ocorrência de metástase, quando o tumor se espalha para outros órgãos e regiões do corpo.

No caso de Covas, quando o problema foi identificado, há menos de dois anos, a doença já havia atingido os linfonodos do fígado e, recentemente, se espalhou para os ossos e para o próprio fígado.

No começo deste mês, ele foi internado e chegou a ser intubado após os médicos detectarem um sangramento no local do primeiro tumor. 

“Não acho que [a agressividade] seja somente pelo diagnóstico tardio, mas certamente esse é um fator que contribui para isso. Se a pessoa tem um sintoma de refluxo, o que é muito comum, é muito menos provável que o médico pense em uma doença maligna, até pela raridade em pessoas mais jovens”, avalia a médica..

A identificação tardia do câncer pode impedir, inclusive, uma intervenção cirúrgica capaz de reduzir sua gravidade. Isso porque, segundo explica Ignez, quando ocorre metástase é mais difícil fazer a cirurgia para a retirada do tumor.

“Não é que é impossível fazer a cirurgia quando o tumor já saiu de onde nasceu, pode ser que a pessoa tenha uma doença muito lenta e, nesses casos, podemos tentar a cirurgia como uma opção. Infelizmente não é assim com a maioria das pessoas. [Se identificado na fase inicial] eventualmente começamos com a quimio, fazemos a cirurgia e mais um pouco de quimio”, explica.

De acordo com a especialista, o avanço rápido do câncer mesmo durante o tratamento, como no caso do prefeito, faz parte da evolução natural de um tumor maligno no estômago, sobretudo quando há metástase.

“A quimio não tem o poder, exceto em raras exceções, de fazer com que essa doença vá embora completamente, então esta não é uma evolução inesperada. É muito variável de pessoa para pessoa, mas a tendência é que essa doença vá crescendo. Infelizmente não é algo que a gente consiga controlar ainda”, afirma.

A oncologista ressalta que, em alguns casos, o paciente diagnosticado com câncer gástrico consegue conviver com a doença de forma controlada, até mesmo sem a necessidade de realizar quimioterapia, mas que essa não é a regra entre pacientes oncológicos deste tipo.

“Tenho um paciente que, há dois anos, não precisa fazer quimio, a doença está parada no intestino. Mas no geral essa não é a regra, o tumor é mais agressivo, tende a ir crescendo, melhora com a quimio, mas depois de um tempo volta a crescer e é preciso voltar com o tratamento”, afirma.