Dá para prevenir a gengivite com a ajuda da alimentação

Caprichar na higienização é o primeiro e mais importante passo para evitar a proliferação de bactérias na boca e, por consequência, afastar a gengivite, quadro caracterizado por uma inflamação nas gengivas. Mas uma linha de pesquisa recente traz fortes indícios de que nossas escolhas alimentarestambém influenciam na ocorrência do problema.

Um desses experimentos é aqui do Brasil, mais especificamente da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. O dentista Renato Casarin, professor na instituição, e sua aluna Roberta Reis — que é nutricionista — recrutaram 60 voluntários de 18 a 35 anos com diferentes graus de gengivite. Em parceria com outra nutricionista, a professora Helena Sampaio, da Universidade Estadual do Ceará, eles analisaram tudo o que foi consumido pelos participantes durante dois dias.

“Diversos trabalhos nessa linha são feitos com um alimento ou suplemento isolado. Mas não adianta tomar suco de uva e comer hambúrguer”, comenta Casarin. Com o histórico alimentar completo, por outro lado, o time de nutricionistas conseguiu definir se a dieta como um todo dos participantes tinha um perfil mais pró ou anti-inflamatório. Em paralelo, houve coleta e avaliação do fluido gengival da turma.

Gengiva em risco

Cruzando os dados, os pesquisadores notaram que um padrão alimentar pró-inflamatório (com frituras, excesso de carne vermelha, biscoitos recheados, salgadinhos e por aí vai) estava associado a alterações importantes, como redução de uma substância protetora chamada interleucina-4. Níveis baixos dela já foram associados à periodontite, por exemplo. Além disso, quem seguia essa alimentação pouco saudável exibiu tendência elevada a sangramentos gengivais.

(Fonte: revista Saúde)

Novembro Azul: licopeno ajuda a prevenir câncer de próstata

Estamos no Novembro Azul, mês de conscientização sobre a prevenção ao câncer de próstata, um dos que mais matam homens no Brasil e no mundo.⠀

E a dieta pode ajudar nessa missão de prevenção da doença. Tendo sempre em mente que a mesma deve ser balanceada e saudável, vale a pena caprichar na ingestão de alimentos ricos em licopeno.⠀

Ele faz parte da família dos carotenoides, potentes antioxidantes que dão cor a alguns alimentos e têm demonstrado a capacidade de reduzir o risco de diferentes tipos de câncer.⠀

O licopeno absorvido acumula-se preferencialmente na próstata, impedindo a angiogênese (proliferação de vasos e capilares que nutrem as células doentes) e o crescimento de células tumorais nessa região, sendo este um potencial mecanismo na prevenção do câncer.⠀

Um dos muitos estudos feitos recentemente mostrou uma redução de 40% dos riscos de câncer de próstata em homens que consomem alimentos ricos em licopeno por pelo menos cinco vezes por semana, em relação àqueles que consomem uma vez por semana ou menos.⠀

ONDE ENCONTRAR LICOPENO: Além do tomate e seus derivados (suco, sopa, molho etc.), a goiaba vermelha, a melancia, o pimentão, o mamão e a beterraba são outras importantes fontes de licopeno presentes na nossa dieta. Se forem orgânicos, melhor ainda.

Veja o que comer antes e durante as provas do ENEM

O Enem está chegando e a alimentação é importantíssima.

Minha dica para ANTES das provas é um café da manhã reforçado, com pães integrais e cereais, ricos em carboidratos. Isso porquê esses carboidratos são excelentes fontes de energia para o corpo e o cérebro, exatamente o que os candidatos precisam.⠀

As opções integrais são as mais interessantes porque são fontes de carboidratos mais complexos, com digestão mais demorada. Isso faz com que o corpo tenha energia por mais tempo.⠀

Leve lanches leves e de fácil manuseio para comer durante a prova, como frutas frescas,  barras de cereais e oleaginosas (como castanhas, amêndoas, etc). Barras de chocolate também são uma alternativa para melhorar a concentração, desde que sejam do tipo meio amargo.⠀

LEMBRE que hidratação também é fundamental!! 

A suplementação de ômega 3 para pacientes com câncer

O Ômega 3 é um tipo de gordura poli-insaturada, rica em benefícios para o nosso organismo. O corpo não é capaz de produzir o Ômega 3 e é aí que entra a alimentação e/ou suplementação. 

Muitos estudos recentes demonstram a sua eficácia na inibição do crescimento to tumor. Além disso, auxilia também na redução da perda de peso e tem efeito anti-inflamatório e imunomodulador. Como resultado, sua ingestão melhora o estado nutricional do paciente e, consequentemente, a sobrevivência e até a cura. 

Em casos de pacientes com câncer e quadro de desnutrição, indicamos a suplementação (geralmente em capsulas) para podermos garantir a quantidade diária necessária. Em pacientes em segmento no tratamento, o ômega 3 pode ser mantido através da alimentação somente, principalmente pelo consumo de linhaça. 

LEMBRE-SE: O paciente com câncer é complexo e os casos são muito individuais. O nutricionista especializado em Oncologia vai traçar uma estratégia de dieta e suplementações, se necessárias, de acordo com o quadro de cada indivíduo. 

Dra. Socorro Coêlho participa de congresso nacional de nutrição parenteral e enteral

A nutricionista da Onconutri, Dra. Socorro Coêlho, está em Foz do Iguaçu, onde participa, até o próximo dia 23, do XVIII Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral 2019. O evento tem como objetivo atualizar os participantes em todas as áreas de interesse, desde a nutrição clínica e hospitalar até à qualidade de vida, passando por funcionalidade, atividade física e estratégias de alimentação mais adequadas para cada indivíduo. Polêmicas envolvendo todos estes temas estão sendo estimuladas para que os participantes possam aprender com o debate em torno de assuntos controversos, mas tudo baseado nas mais recentes evidências científicas.

Curso Sabor com Saúde mostra teoria e prática de receitas contra o câncer

Alguns clicks do nosso curso Sabor com Saúde, realizado nos dias 15 e 16 deste mês, em Teresina. No primeiro dia,  foi momento de aprender muito com a nutricionista da Onconutri, Dra. Socorro Coêlho, e no segundo dia do evento, os participantes viram receitas práticas contra o câncer, com a nutricionista Adriana Soares! 

O evento foi uma chance para pacientes e estudantes de Nutrição conhecerem de forma bem aprofundada as propriedades anticâncer dos alimentos e como usá-los no dia-a-dia.

Agradecemos aos colaboradores para que este curso tenha sido um sucesso: @gulaverdebistro, @saboresdopiaui, @oncocenterpi, @Camicado, @otimadistribuidora, @danonenutricia, @casadaazeitonathe,  @ouroverdeorganicos, @ciadasaudeteresina e @farmacia.botica

Começa hoje curso Sabor com Saúde

Tudo pronto!! Daqui a pouco começa nosso curso Sabor com Saúde, um curso feito com todo carinho pra o público teresinense, que vai mostrar como a alimentação pode ajudar a prevenir o câncer
A parte teórica acontece no auditório da Oncocenter, das 16h30 às 18h30, com a Dra. Socorro Coêlho.
As receitas práticas serão feitas amanhã (16.10), na loja Camicado no Teresina Shopping, das 17h às 20h, com a nutricionista Adriana Soares.
Para quem não conseguir participar deste curso, aguardem que vem muito mais coisa boa por aí!

Dietas: como garantir que você está consumindo as calorias certas

“Calorias de qualidade”.

Esse é o conceito defendido pela Fundação Britânica de Nutrição (BNF, na sigla em inglês), com o objetivo de fazer com que as pessoas prestem atenção ao tipo de alimento que consomem e a seu valor nutricional, a fim de escolher as melhores calorias em vez de apenas contabilizá-las.

A ideia, defende a BNF, é de que a qualidade da alimentação “é mais do que apenas números” das calorias ingeridas: é garantir que tenhamos uma boa quantidade de vitaminas, minerais, proteínas, gorduras boas e fibras na dieta.

“Alimentos com conteúdo calórico similar podem ser diferentes em termos dos nutrientes que provêm”, diz a organização. “Por exemplo, versões integrais de pães, macarrão e arroz têm mais fibra do que suas versões refinadas. De modo similar, carnes processadas têm mais sal do que carnes magras não processadas, mesmo que tenham quantidade parecida de calorias.”

A proposta da entidade é nos levar a melhorar nossas escolhas alimentares, trocando alimentos ultraprocessados que sejam pouco nutritivos (mesmo que também pouco calóricos) por alimentos de melhor qualidade.

Outubro Rosa: veja alimentos que previnem o câncer de mama

Vamos aproveitar o Outubro Rosa pra aprender a comer de forma preventiva para o câncer de mama? Infelizmente, ele é o segundo tipo mais frequente no mundo e o tumor que mais acomete as mulheres. 

A boa notícia é que a alimentação realmente pode te ajudar, além, claro, de um estilo de vida saudável de uma forma geral. 

Insira hoje mesmo na sua dieta os seguintes alimentos: 

Peixes

Segundo estudo recente do periódico British Medical Journal (BMJ), comer duas porções de atum, salmão ou sardinha por semana pode ajudar a reduzir o risco de uma mulher desenvolver a doença. A explicação deve-se ao fato de que esses peixes contêm gordura insaturada, que, ao contrário da gordura saturada, faz bem à saúde. Além disso, a sardinha é rica em vitamina D, um proto-hormônio que pode interferir no crescimento do câncer.

Brócolis, couve, repolho

A ingestão regular de couve, brócolis e repolho pelo menos uma vez por semana também pode diminuir o risco de ter câncer de mama. Um estudo feito com 5 mil mulheres suecas apontou que o consumo de uma ou duas porções diárias está associado a um risco 40% menor de câncer de mama. Essas hortaliças são boas fontes de nutrientes – como vitamina C, carotenoides precursores de vitamina A, fibras, cálcio e ácido fólico –, e seu poder preventivo viria da abundância de moléculas fitoquímicas capazes de eliminar substâncias tóxicas que induzem o câncer.

Frutas

Esse grupo de alimentos contribui para a prevenção na medida em que fornece menos calorias, mais fibras e auxilia na manutenção de peso saudável. A recomendação da Sociedade Americana de Câncer é consumir cinco porções de frutas por dia.

Fibras

São necessárias mais pesquisas, mas estudos sugerem que as fibras contribuem para o aumento da excreção de estrogênio, o que implica em menor risco de câncer de mama. A American Dietetic Association (ADA) estabelece como recomendação o consumo de 25 a 30g de fibras por dia, sendo 30% desse valor de fibras solúveis , encontradas principalmente na aveia e em frutas como abacate, pera e banana. A dica é inserir um produto rico em fibras, como pão integral e cereais, em todas as cinco refeições que você fizer no dia.

Gordura, não!

Evite consumir alimentos muito gordurosos como pastéis, lanches, leite integral e doce de leite. Evidências científicas relacionam o consumo excessivo de gorduras com o aumento dos índices de câncer de mama, especialmente na pós-menopausa, quando há maior correlação entre o teor de gordura da dieta e os níveis séricos de estradiol, hormônio ligado ao crescimento de tumores.

Menos carne vermelha

O alto consumo desse alimento pode contribuir para o ganho de peso e estímulo de processos inflamatórios no organismo, fatores de risco para o desenvolvimento da doença. O Instituto Americano de Pesquisas em Câncer (AICR) recomenda o consumo limitado de carnes vermelhas a 300g por semana, o que equivale a três bifes grandes. Atenção: a medida é por semana!

(FONTE: INSTITUTO VENCER O CÂNCER)

Rótulos de alimentos vão mudar

Em fundo branco e letras pretas, um retângulo com uma lupa deve alertar na parte da frente do rótulo dos alimentos se ali há “alto teor” de açúcares adicionados, gorduras saturadas, sódio ou os três. Essa é uma das sugestões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para atualizar as normas de rotulagem dos alimentos no país. O modelo está em consulta pública e recebe sugestões da sociedade até 6 de novembro.

Duas consultas estão abertas. Uma delas (CP 707) trata da proposta de Resolução da Diretoria Colegiada (RDC), que contém uma série de novidades para ajudar os consumidores na hora da escolha de alimentos embalados. A outra (CP 708) traz o texto da Instrução Normativa (IN) com os requisitos técnicos para declaração da rotulagem nutricional nesses alimentos pelas indústrias.

A proposta da Anvisa foi elaborada pela equipe técnica da agência, após revisão de estudos e exemplos nacionais e internacionais, pesquisas com consumidores e análise das mais de 33 mil contribuições recebidas. O objetivo é ajudar o consumidor a ter informações mais claras sobre o que está presente em cada produto e, assim, escolher os mais saudáveis, evitando substâncias críticas se consumidas em excesso.

Segundo a agência, a rotulagem com o alerta gráfico da lupa e a frase de “alto teor” tem tido melhor avaliação de custo-benefício em outros países e deixa mais clara a mensagem de que ali há ingredientes apontados como fatores de risco para obesidade e doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão.

A mudança começou a ser discutida após a constatação de que o consumidor tem dificuldade de entender as informações presentes no rótulo. “Queremos falar com quem frequenta o supermercado, a quitanda, a lojinha de produtos naturais. As pessoas, independente da classe social, precisam compreender o que estão consumindo. A ideia é entregar informação para que elas tenham possibilidade de escolher o que entendem ser bom para a saúde“, afirmou Alexandra Bastos, diretora da agência reguladora.

O modelo proposto é semelhante ao defendido pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e contrário ao proposto pela indústria, que pressionava a agência a adotar o modelo dos “semáforos nutricionais”, que mesclam dados com as cores verde, amarela e vermelha.

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) acredita que a Anvisa avança com a adoção de um modelo que destaca o conteúdo excessivo de nutrientes que são prejudiciais à saúde. Contudo, para o Idec, o modelo sugerido pela Anvisa não é o mais adequado, já que ele não traz a noção de alerta de forma fácil para os consumidores. “O Instituto continua defendendo o modelo de triângulo, que, após inúmeras pesquisas, mostrou-se o mais eficiente para informar o consumidor na hora da compra em comparação a outros modelos existentes”, afirmou a entidade em nota.

Idec defende o triângulo

O modelo de triângulo é adotado no Chile desde 2016 e defendido pelo Idec por serem “facilmente compreendidos como alertas por crianças, daltônicos e até pessoas não alfabetizadas” e pelos resultados positivos alcançados na sociedade chilena, onde “as advertências nas embalagens dos alimentos ajudaram a reduzir o consumo de produtos não saudáveis”.

O Idec também argumenta que falta apresentação de comprovação científica para a escolha do modelo de lupa. “Na consulta, iremos questionar as evidências que levaram à decisão de escolha da lupa em vez dos triângulos, já que temos evidência de que esse modelo é o mais eficiente para para informar a população de forma clara e objetiva”, destaca Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec.

O Idec questionou ainda a ausência de informação sobre adoçantes nos rótulos, especialmente para os produtos destinados ao público infantil, que muitas vezes substituem o açúcar por essa substância. “Por isso, é importante que os consumidores tenham essa informação destacada”, destaca Ana.

Além disso, o Idec quer a proibição de qualquer comunicação mercadológica destinada ao público infantil em alimentos com rotulagem frontal. “Este público deve ser protegido da publicidade abusiva”, comenta a nutricionista.

Entre as outras sugestões da Anvisa está a declaração obrigatória dos açúcares “livres” e “totais” na lista de nutrientes da tabela nutricional. Muda ainda o valor de referência para calcular o percentual de valores diários dos ingredientes em cada produto, o %VD, e faz uma nova definição, mais objetiva, do que é considerado um produto de consumo individual.

Também para tornar a tabela nutricional utilizada hoje mais clara, a quantidade dos nutrientes deverá ser calculada não por porção como é hoje. O padrão será a quantidade por 100g ou 100ml. Isso vai permitir comparar diferentes marcas ou produtos.

Duas consultas estão abertas. Uma delas (CP 707) trata da proposta de Resolução da Diretoria Colegiada (RDC), que contém uma série de novidades para ajudar os consumidores na hora da escolha de alimentos embalados. A outra (CP 708) traz o texto da Instrução Normativa (IN) com os requisitos técnicos para declaração da rotulagem nutricional nesses alimentos pelas indústrias.

A proposta da Anvisa foi elaborada pela equipe técnica da agência, após revisão de estudos e exemplos nacionais e internacionais, pesquisas com consumidores e análise das mais de 33 mil contribuições recebidas. O objetivo é ajudar o consumidor a ter informações mais claras sobre o que está presente em cada produto e, assim, escolher os mais saudáveis, evitando substâncias críticas se consumidas em excesso.

Segundo a agência, a rotulagem com o alerta gráfico da lupa e a frase de “alto teor” tem tido melhor avaliação de custo-benefício em outros países e deixa mais clara a mensagem de que ali há ingredientes apontados como fatores de risco para obesidade e doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão.

A mudança começou a ser discutida após a constatação de que o consumidor tem dificuldade de entender as informações presentes no rótulo. “Queremos falar com quem frequenta o supermercado, a quitanda, a lojinha de produtos naturais. As pessoas, independente da classe social, precisam compreender o que estão consumindo. A ideia é entregar informação para que elas tenham possibilidade de escolher o que entendem ser bom para a saúde“, afirmou Alexandra Bastos, diretora da agência reguladora.

O modelo proposto é semelhante ao defendido pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e contrário ao proposto pela indústria, que pressionava a agência a adotar o modelo dos “semáforos nutricionais”, que mesclam dados com as cores verde, amarela e vermelha.

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) acredita que a Anvisa avança com a adoção de um modelo que destaca o conteúdo excessivo de nutrientes que são prejudiciais à saúde. Contudo, para o Idec, o modelo sugerido pela Anvisa não é o mais adequado, já que ele não traz a noção de alerta de forma fácil para os consumidores. “O Instituto continua defendendo o modelo de triângulo, que, após inúmeras pesquisas, mostrou-se o mais eficiente para informar o consumidor na hora da compra em comparação a outros modelos existentes”, afirmou a entidade em nota.

Idec defende o triângulo

O modelo de triângulo é adotado no Chile desde 2016 e defendido pelo Idec por serem “facilmente compreendidos como alertas por crianças, daltônicos e até pessoas não alfabetizadas” e pelos resultados positivos alcançados na sociedade chilena, onde “as advertências nas embalagens dos alimentos ajudaram a reduzir o consumo de produtos não saudáveis”.

O Idec também argumenta que falta apresentação de comprovação científica para a escolha do modelo de lupa. “Na consulta, iremos questionar as evidências que levaram à decisão de escolha da lupa em vez dos triângulos, já que temos evidência de que esse modelo é o mais eficiente para para informar a população de forma clara e objetiva”, destaca Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec.

O Idec questionou ainda a ausência de informação sobre adoçantes nos rótulos, especialmente para os produtos destinados ao público infantil, que muitas vezes substituem o açúcar por essa substância. “Por isso, é importante que os consumidores tenham essa informação destacada”, destaca Ana.

Além disso, o Idec quer a proibição de qualquer comunicação mercadológica destinada ao público infantil em alimentos com rotulagem frontal. “Este público deve ser protegido da publicidade abusiva”, comenta a nutricionista.

Entre as outras sugestões da Anvisa está a declaração obrigatória dos açúcares “livres” e “totais” na lista de nutrientes da tabela nutricional. Muda ainda o valor de referência para calcular o percentual de valores diários dos ingredientes em cada produto, o %VD, e faz uma nova definição, mais objetiva, do que é considerado um produto de consumo individual.

Também para tornar a tabela nutricional utilizada hoje mais clara, a quantidade dos nutrientes deverá ser calculada não por porção como é hoje. O padrão será a quantidade por 100g ou 100ml. Isso vai permitir comparar diferentes marcas ou produtos.

Saiba Mais

A Anvisa também criou regras mais rígidas para mensagens das chamadas “alegações nutricionais”, como “0% gordura” ou “fonte de fibras” que muitas vezes aparecem na embalagem dos produtos “fit”.

Com a nova norma, se um alimento tiver o alerta sobre alto teor de gorduras saturadas, ele não poderá dizer que é “reduzido em colesterol”, por exemplo. Para o Idec, essa restrição não é suficiente.

O instituto defende a proibição de qualquer alegação nutricional em alimentos que tenham a presença de, pelo menos, um dos nutrientes críticos da rotulagem frontal.

A expectativa é que até o final do ano a nova normatização entre em vigor. A partir daí, as empresas terão entre 12 e 30 meses para atualizar as embalagens já considerando o limite estabelecido de ingredientes a partir do qual é exigido o alerta de “alto teor”.

(Fonte: IDEC)